
Para quem, há menos de 6 meses, teve o amplo e público apoio dele para ser nomeada, a procuradora-geral da República tomou uma decisão destemida.
Enfrentou Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, um dos patrocinadores da escolha dela, e chamou-o de incompetente pra mandar soltar Jacob Barata Filho, o homem dos ônibus do Rio, da turma de Sérgio Cabral.
Destemor foi a palavra que Raquel Dodge usou, logo depois de sua controversa posse, há pouco mais de dois meses, ao responder sobre o rumo das muitas investigações de corrupção que a esperavam.
Uma delas, contra o ex-ministro e hoje hóspede da Papuda, Geddel Vieira Lima, um dos melhores amigos de Michel Temer.
Além de Gilmar, foi a cúpula do PMDB de Geddel que trabalhou arduamente para pôr Dodge no lugar de Rodrigo Janot.
Ontem, ela mandou ao Supremo as acusações formais contra a família Vieira Lima e seu entorno. No calhamaço de mais de 60 páginas, pede os R$ 51 milhões de volta e o confisco das empresas dos acusados, entre outras penalidades.
Antes, ela já havia se manifestado a favor da prisão dos condenados em segunda instância, uma pendência jurídica que precisa voltar à pauta do Supremo.
Também aí, discorda frontalmente de Gilmar Mendes.
Ele já avisou que mudou de ideia, e vai votar contra a prisão depois da segunda instância, para alívio de tantos assaltantes de cofres públicos, que contam com recursos infindáveis para seguir dormindo em suas mansões até que a morte os separe do conforto máximo.
Ponto pra ela, sem dúvida.
Esperança pra gente idem.
FONTE:https://veja.abril.com.br/
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